Parece que chega aos capítulos finais a mais longa novela dentre as transferências nacionais nesse início de ano. Após o Corinthians publicar sua desistência em negociar com o Cruzeiro, o presidente Gilvan de Pinho Tavares falou ontem na Toca da Raposa II e deu a situação como definida.

Após longos dias de idas e vindas, a negociação chega a sua definição. Gilvan aproveitou também para esclarecer a polêmica gerada pelos cartolas paulistas que afirmaram não terem sido atendidos quando um contato foi tentado com o Cruzeiro. Tal fato irritou a cúpula corinthiana, culminando na desistência em contratar o jogador argentino.

"Com relação a essa colocação, vou dizer de maneira muito clara. Eu não tenho registrado no meu celular o telefone do presidente do Corinthians e parei de atender telefonemas de pessoas que não tenho o telefone registrado, porque eu não estava dando conta. Cheguei a ficar atônito, falava com quem não queria falar, a imprensa de São Paulo, nunca vi algo tão imprudente, repórteres mudam telefone, às vezes você atende e é o mesmo repórter. Não tenho o presidente do Corinthians registrado no celular. Se ele ligou, por isso não atendi, mas jamais deixaria de atender, ainda que fosse para falar não", confirmou Gilvan.

"Ele tinha o telefone do Zé Maria, vice-presidente, do diretor de futebol Dimas Fonseca. Através deles, poderia ter me avisado que queria falar comigo. Não vou deixar de falar com ele. Está meio fantasiando essa notícia, porque ele falaria comigo se quisesse", adicionou também.

Indagado se acreditava na desistência oficial do Corinthians em contratar Montillo, Gilvan também deu sua opinião.

" Não sei se desistiram, a verdade é que insistiram demais , mas não com o Cruzeiro, e sim com o empresário do Montillo. Sei que a insistência foi através dele. O diretor do Corinthians veio aqui pedir desculpa pelo procedimento adotado antes pelo presidente do Corinthians, porque entenderam que não era uma posição correta."

Aproveitando o assunto, Gilvan ratificou a sua posição desde o ínicio da sua gestão, de não vender Montillo abaixo do valor estipulado. Segundo o presidente, nada mudou com o anúncio corinthiano, uma vez que sempre foi claro que o Cruzeiro não negociaria por valores menores do que 15 milhões de euros.

”Acho que a pessoa ficar dando entrevista sem ter uma situação é perda de tempo. Por enquanto, a situação deles está definida. Só haverá situação diferente quando houver concretização de transferência do atleta, por 15 milhões de euros. Os valores oferecidos não chegaram ao patamar que o Cruzeiro fixou. Portanto, a situação dele está definida, ele é jogador do Cruzeiro”, ratificou Gilvan.