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    Aos amigos leitores, confesso: quero compartilhar com vocês, logo em minha primeira coluna pelo site, algo que tenho travado dura batalha interna durante alguns meses. Talvez seja mútuo. Talvez não, tenho certeza que é mútuo. Sei que na cabeça de cada um o conflito também está bastante vivo.

    A difícil arte de se acreditar nesse Cruzeiro de 2012. Sem fanatismos, que fiquemos claros.

    Bem, como sabemos, o ano de 2011 terminou de forma ridícula – apesar dos 6x1 – para todos nós. Ser ameaçado pelo rebaixamento sempre foi algo totalmente impensado para o Cruzeiro, acostumado a boas campanhas e bons times. Passou e achamos que 2012 seria ano novo, novos horizontes. Mas estamos em junho praticamente e vendo que não é bem assim. As campanhas pífias no Mineiro e na Copa do Brasil ligaram o alerta em algo que lá no fundo, todos nós temiamos; aquele receio de que o Cruzeiro continuava frágil e despreparado para mais um ano. Estávamos desacostumados à essa situação tão vista em outros clubes e que agora nos incomoda tanto.

    Aliás, temos a obrigação de ser realistas aqui. Sem ilusões vespasianescas ou achismos infundados. Sabemos que estamos mal e precisamos aceitar isso como realidade para a partir daí poder mudá-la.

    Ao longo do ano, quis muito ver algumas coisas que pudessem me dar certo alento, para acreditar em melhor sorte para o restante da temporada. Tentei votos de confiança em certos jogadores, esperança no esquema furado do Mancini e até achei que o Gilvan iria tirar uma grana extra de algum lugar e nos trazer reforços de lotar Confins. Tudo em vão. Assim como eu, tenho certeza que vocês também viram que o Cruzeiro carece de mais do que isso no momento. Temos uma gama de fatores que, atrelados, tem nos colocado na situação incerta e até temerária que estamos hoje.

    Temos um elenco que necessita de qualificação urgente, se quisermos assistir ao Fantástico em paz aos domingos. Em todos os setores temos nossas carências gritantes, uns mais do que os outros. Nossas laterais estão ao relento, sem qualidade, sem reposição, sem vergonha. Sabemos o sofrimento que tem sido os ataques que sofremos nessas duas faixas; os outros times também. Nossa zaga, que uma vez foi firme e segura, hoje inspira cuidados de posicionamento e peças de reposição também. Tinha esperança no futebol do Alex Silva ali, brutalmente eliminadas essa semana.

    Volantes; bem, volantes...Queria apenas entender o porque, de verdade. Tantos nomes que um após o outro não acrescentam em nada. Quem vê de fora bate o olho e diz: “amadorismo”. Concordo, sei que vocês idem.

    No meio tivemos alguma movimentação, mas ainda acho pouco. Além de termos o Montillo aquém do que sabemos que ele pode jogar, nos faltam fatores novos ali, outras opções. Jogadores que o treinador poderia escalar e tentar algo diferente por aquele setor, como talvez maior velocidade ou trabalhar a bola com mais esmero. Estamos sem esse tipo de opção. Não consigo confiar no futebol do Souza, muito menos acho o Élber o novo Neymar. São esforçados, mas nos falta mais do que esforço. Quando anunciaram o Tinga, assumo que gostei. É muito bom jogador, vinha sendo titular e jogando bem pelo Inter. A idade dele não interessa. Ele não vai jogar como nosso volantão cabeça de área, tanto ele quanto o Roth sabem que não tem condições físicas para tanto. Mas vai dar maior qualidade e dinâmica ao meio campo, com a bola nos pés sai jogando e apoia bem. O seu grande papel na equipe, na minha opinião, será muito mais auxiliar Montillo, liberando-o, tirando um pouco a marcação e dependência dos ombros do argentino.

    No ataque temos o que já sabemos de cor e salteado. As opções são essas amigos, as mesmas de sempre. Falta alguém com capacidade e personalidade. Sempre achei os atuais atacantes do Cruzeiro parecidos com figurantes em novelas. Não brigam, fazem uma aparição discreta aqui e acolá, mas nunca brilham nem roubam o papel principal. Nenhum deles. Até o Wallyson não está me enganando mais com esse papo de recuperação da lesão ainda.

    Celso Roth foi contratado e muitos chiaram. Os rótulos de retranqueiro e adorador de volantes foram logo tirados da gaveta e pregados em sua testa, antes mesmo de chegar à Toca. Fato é que Roth sabe armar um sistema defensivo, sabe dar a coesão necessária que resulta na solidez, aspecto sempre ressaltado em suas equipes.

    Não vou aqui destrinchar a filosofia de trabalho do treinador, os prós e contras, pois não é nosso foco nessa coluna de hoje, mas pergunto à todos os torcedores e peço reflexão sensata: dada a atual conjuntura, com o elenco que temos, sem a qualificação necessária e as opções (reais) do mercado, o que mais além de arrumar a casa poderiamos esperar? Achar que, se nada descrito mudar, vamos simplesmente apresentar futebol catalão em campos do BR12 de uma hora para outra?

    Reitero amigos, peço que sejamos realistas ao analisarmos, sem fanatismos. Roth não é o primor dos técnicos, concordo com os que chiam quanto a isso. Adota algumas posturas cautelosas que as vezes são até destorcidas. Mas ele é correto em tentar dar solidez à suas equipes. Tinhamos um time totalmente insosso, sem identidade com o Mancini. Precisamos ao menos ter organização e consistência tática se quisermos melhor sorte no Brasileirão. Ele faz o simples; monta bons times com elencos limitados. A questão do tão falado prazo de validade é meramente midiática.

    Alexandre Mattos assumiu o Departamento de Futebol agora e tem se movimentado como pode. Tem corrido atrás do tempo perdido pelo não tão saudoso Dimas Fonseca e se empenhado em qualificar esse elenco, isso é de reconhecimento. Entretanto sabemos que o Cruzeiro não está, financeiramente falando, em seu melhor momento. A situação é difícil e tem nos restringido demais esse ano. Mas isso não é justificativa para simplesmente aceitar essa realidade e sair por aí catando pedaços que sobram. A cúpula celeste tem a obrigação de ou buscar saídas alternativas, firmar acordos ou tomar qualquer outra medida válida para a mudança desse cenário. Não estamos mais falando em tentar e sim em fazer. Um clube da magnitude do Cruzeiro deve ser comandado com parcimônia, mas não tomar a mesma como filosofia e realidade constante.

    Como eu disse no início, é uma batalha dura essa arte de acreditar no Cruzeiro de 2012. Dentro e fora de campo “ele” tem dado motivos para o receio presente na torcida.

    Entretanto amigos, insistirei.

    Porque sabemos que não largaríamos esse time por nada nesse mundo, mesmo com ele vivendo um momento tão atípico, tão desgostoso para nós. São horas boas, são horas ruins. São horas de Cruzeiro; é o que importa acima de tudo. As coisas irão se acertar aos poucos, com muito trabalho em todos os setores. E com essa esperança por dias melhores que continuamos a sustentar o nosso Cruzeiro.

    Talvez esse sentimento seja mútuo. Talvez não, tenho certeza que é mútuo.
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