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    Ver o Cruzeiro jogar sempre foi um dos meus maiores motivos para sorrir. Desde que me entendo por gente, poder ir à campo e assistir a uma partida celeste ali, in loco, sempre me causou um misto de sensações interessantes. Não importando o momento bom ou o ruim, a alegria em poder estar ali junto de tantos outros como eu, a ansiedade pelo resultado e a emoção do gol marcado se confundem dentro da minha cabeça.

    Tanta coisa!

    Mas dessa vez tem um ar diferente. Hoje o Cruzeiro volta a jogar em Belo Horizonte, após dois anos de ausência da capital. O Independência nos receberá nos próximos meses e será abraçado como a “casa” que tanto nos faltou nos últimos anos. Longe de parecer cuspir no prato que comemos, mas a Arena do Jacaré nunca teve a mesma empatia que estamos acostumados a sentir no Mineirão. Talvez o estádio do Horto também demore a ter. Porém é fato consumado que, voltar à capital é bem melhor que as partidas gélidas pelo interior. Inegável.

    A torcida já começou fazendo o que se espera dela. Ingressos esgotados em tempo curto, literalmente conquistados com muita paciência e disposição. Serão pouco mais de 21 mil cruzeirenses felizes, cientes do momento de transição enfrentado em campo. Mas bastante felizes.

    E essa volta para “casa” nos possibilita retomar alguns aspectos que andavam um tanto sumidos. Primeiro, a óbvia ascendência no calor da torcida. Estando em BH, após tamanho período de ausência, comparecer ao estádio será praticamente obrigação. Usamos e escutamos ser usada por diversas vezes a desculpa do pífio desempenho do último ano ser a falta de um estádio na capital. É preciso apagar essa imagem imediatamente, com a bola rolando, sem conversinha. Não dá mais para garimpar desculpas.

    Outra questão positiva é a necessidade de ser fazer forte em casa. Esse período ausente fez do Cruzeiro uma equipe itinerante e até certo ponto sem identificação. Os adversários que vinham a Minas não se sentiam acuados, pressionados pela torcida e principalmente pelo calor dos jogadores em campo. Jogar contra o Cruzeiro aqui, que outrora era dor de cabeça para muitos e exigia cautela, tornou-se tarefa amena. Foi notável a queda do “fator casa” no futebol celeste. Vimos por diversas vezes as equipes adversárias chegarem aqui e ditarem seu jogo, com um Cruzeiro aceitando passivamente o domínio. A esperada volta para BH deve proporcionar o fortalecimento desse vínculo de sintonia entre torcida-jogadores. A torcida deve empurrar o time que, por sua vez, precisa mostrar-se forte jogando em casa, sempre.

    Um dos únicos pontos que aguardo meio temeroso nessa volta é justamente a carga da torcida nesse momento de transição do Cruzeiro. Não que ela não deva existir, longe disso. Entretanto, sabemos que a equipe não apresenta ainda um futebol estável, passa por mudanças e readaptações. Nessa atual situação, encontrar a liga necessária requer muito trabalho e certo tempo. E sabemos que a torcida é impaciente e exigente, além de estar assustada e mal acostumada com o atual quadro celeste. Será preciso então um meio termo, um ponto de convergência entre as partes. Defendo como fundamentais a cobrança e o não-acomodamento, mas imprescindível é também o apoio nesse momento atribulado. A hora é de cobrar por reforços, engrandecimento e melhor futebol, mas também é de abraçar de vez esse time que perambulou tanto, fazendo-o forte mais uma vez, como sempre foi.

    Hoje é um dia feliz apesar de tudo. Feliz porque voltaremos a ter o Cruzeiro jogando no “conforto” de nossa capital, empurrado pela sua torcida, em quem sabe numa nova fase. Espero de verdade que voltando para BH o Cruzeiro possa reassumir sua responsabilidade eterna em se portar como grande e fazer-se forte em solo mineiro. O encontro está marcado, a torcida fará a parte dela e espera que a equipe incorpore toda essa empatia que veremos no Independência hoje. Para a imagem do Cruzeiro continuar sempre resplandecendo.

    E antes que eu me esqueça. Note você amigo leitor, que coloquei entre aspas a palavra “casa” no decorrer do texto. Sim. Nossa verdadeira casa está em obras. Adormecido, o Mineirão aos poucos vai se agigantando ainda mais, só à espera do seu único e verdadeiro gigante à casa retornar .
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